A parceria entre a Polícia Federal e o Instituto LAMIR, que compõe a infraestrutura do Centro de Ciências Forenses da UFPR, foi profícua na investigação da fraude e roubo de metal adquirido por uma empresa brasileira de um fornecedor chinês.

Os lingotes de zinco foram transportados em navio da China até Paranaguá e seguiram em caminhão até a cidade de Londrina, no Estado do Paraná. No entanto, eles foram substituídos, em algum momento de sua jornada, por sacos que continham rocha triturada. Neste caso de uma “substituição” clássica, foi possível usar métodos geológicos para investigar a rocha britada. Dessa forma, as análises mineralógicas, petrológicas e isotópicas mostraram que a rocha substituída não tinha proveniência da região do Porto de Paranaguá. Portanto, a substituição ocorreu, possivelmente, antes da chegada da carga no Brasil.

Uma cadeia de custódia inadequada da carga, durante o transporte da Ásia para o Brasil, incluindo a viagem de Paranaguá a Londrina, provavelmente proporcionou a oportunidade para a troca de material. A colaboração entre a Polícia Federal do Brasil e especialistas em geologia da academia, permitiu que o crime fosse investigado e solucionado.